sábado, 6 de agosto de 2011

SOCIOLOGIA 02- Conteúdo programático da disciplina Sociologia




Augusto Conte


Em meados do século XIX, surgiu a chamada “reação positivista” nome dado pelo próprio Augusto Comte.
Este pensador francês lutava para que todos os ramos de estudos, se obedecesse a preocupação da máxima objetividade. Em sua classificação das ciências, colocou a matemática na base e, no ápice, os esforços de compreensão de tudo que se refere ao homem, principalmente as relações entre eles.
Nessa atitude, entretanto, assumia uma posição diferente da dos socialistas. Defendia o ponto de vista de somente serem válidas as análises das sociedades quando feitas com verdadeiro rigor científico, com objetividade e com ausência de metas preconcebidas, próprios das ciências em geral. O estudo das relações humanas deviam construir uma nova ciência, a que se deu nome de “Sociologia”. Esta não deveria limitar-se apenas à análise, mas propor normas de comportamento, seguindo a orientação resumida na famosa frase positivista: “saber para prever, a fim de prover”.
É verdade que nos seus escritos sobre a sociedade, Comte esteve bem longe de seguir á risca suas recomendações positivistas, mas teve enorme repercussão, e ainda tem, a atitude que preconizou quanto ao estudo dos fenômenos sociais, não influenciado pela emotividade, mas levado à efeito com isenção de ânimo, semelhante à adotada na química ou na física. Aliás, inicialmente, em vez do termo sociologia, denominara esta ciência de “Física Social”.

Podemos discernir nos estudos de Comte, três princípios básicos:

A prioridade de todos sobre as partes: significa que, para compreender e explicar um fenômeno social particular, devemos analisá-lo no contexto global a que pertence. Considerava que tanto a sociologia estática quanto a dinâmica deveriam analisar uma sociedade de uma determinada época, correlacionando-a com sua história e com a história da humanidade.

O progresso do conhecimento é característico da sociedade humana: a sucessão de gerações, o seus conhecimentos, permite uma acumulação de experiências e de saber que constitui um patrimônio espiritual objetivo e liga as gerações entre si; existe uma coerência entre o estágios do conhecimento e a organização social.

O homem é o mesmo em toda parte e em todos os tempos: em virtude de possuir idêntica constituição biológica e sistema cerebral.


Obs: desses princípios básicos, Comte conclui ser natural que a sociedade em toda parte, evolua da mesma maneira e no mesmo sentido, resultando daí que a humanidade caminha para um mesmo tipo de sociedade mais avançada. De tais idéias surgiu a classificação das sociedades denominada ”A Lei dos Três estados”.

Lei dos Três estados”.


A. Estado teológico ou fictício, em que se explica os diversos fenômenos através de causas primeiras, em geral personificadas nos deuses. O estado teológico subdivide-se em:


A.1. Fetichismo, em que o homem confere vida, ação e poder sobrenaturais e seres inanimados e a animais

A.2. Politeísmo, quando atribui a diversas potências sobrenaturais ou deuses certos traços da natureza humana (motivações, vícios e virtudes etc.)

A.3. Monoteísmo, quando se desenvolve a crença num deus único.


B. Estado Metafísico ou Abstrato: as causas primeiras são substituídas por causas mais gerais – as entidades metafísicas – buscando nessas entidades abstratas (idéias) explicações sobre a natureza das coisas e causa dos acontecimentos;



C. Estado Positivo ou Científico: o homem tenta compreender as relações das coisas e os acontecimentos através da observação científica e do raciocínio, formulando leis; portanto, não mais procura conhecer a natureza íntima das coisas e as causas absolutas.
A característica positivista de Comte, desenvolvida em suas obras “Curso de filosofia positiva” (1851–1854), é substituir em toda parte o absoluto pelo relativo.
Émile Durkheim
Durkheim nasceu em 15 de agosto de 1858, em Epinal, noroeste da França, influenciado pelo positivismo, principalmente pelas obras de Auguste Comte, Durkheim delimitava claramente o objeto de estudo da sociologia, o Fato Social, para melhor situá-lo no campo do conhecimento, como de costume na tradição positivista.
Em seu livro “As regras do método sociológico”, Durkheim mostra que em todas as sociedades existe um grupo determinado de fenômenos que são exteriores ao homem e exercem um poder coercivo sobre o mesmo, a estes denominou de Fato Social – o fato social para Durkheim consiste nas maneiras de pensar, agir, sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção reconhecido pela existência de alguma sanção determinada – Durkheim para definir os fatos sociais, mostra que o homem é mais que um formador da sociedade, é um produto dela, ou seja, ao receber das instituições sociais uma série de princípios que nos é passado, em grande medida, através da educação, princípios morais, religiosos, éticos ou de comportamento, qualquer desvio a estes se percebe uma grande repressão por parte da consciência pública, que segundo Durkheim “reprime todos os atos que as ofendam, através da vigilância que exerce sobre as condutas dos cidadãos e das penas especiais que dispõe” (DURKHEIM, 1968, p. 390). Sendo assim uma das regras fundamentais do método sociológico de Emile Durkheim é considerar os fatos sociais como coisas, pois só assim tendo a idéia do objeto a ser estudado o homem pode regular a conduta do mesmo. Complementando esta regra Durkheim diz que definido o objeto de estudo, o sociólogo deve afastar todas as noções prévias que tem sobre o assunto para que nossas crenças políticas, religiosas, morais, não interfiram no resultado do estudo (a neutralidade deve ser princípio para a sociologia).
Assim como Comte, Durkheim era defensor da ordem social, em suas obras buscou analisar o que seria necessário para o bom funcionamento da sociedade, dentro desta perspectiva Durkheim analisou que a nova divisão de trabalho, provocada pela revolução industrial, proporcionava o surgimento de duas formas de Solidariedade Orgânica e Mecânica. A primeira se caracteriza pelas relações sociais desenvolvidas nas sociedades complexas(capitalista) que resultam os suicídios, favelas, poluição, desempregos, greves... O momento histórico que Durkheim vivia era de completa contradição, ou de conflitos entre os trabalhadores que detinham a mão-de-obra e os burgueses(dono do capital). A segunda está diretamente ligada as sociedades, como a tribal ou a feudal, quando a divisão social do trabalho era menos complexa por conseqüência das poucas especializações e das centralizações culturais.
Nestas sociedades o trabalho era movimentado pelos artesões; (principalmente na Feudal). As pessoas se unem através das tradições, religiões e sentimentos comuns a todos. Diferente da sociedade capitalista quando o sentimento individualista vai estar presente.

Durkheim é influenciado por Comte, no entanto se diferencia e inaugura um outro movimento dentro da sociologia, o Positivismo-funcionalista, compreendendo que durkheim acreditava que se a sociedade funcionasse através das leis e regras já determinadas, faria com que os problemas sociais se desvinculasse dos princípios econômicos, rompendo com os casos patológicos(regras sociais, falhas) por exemplo: se a criminalidade aumenta a cada dia não é conseqüências das Durkheim é influenciado por Comte, no entanto se diferencia e inaugura um outro movimento dentro da sociologia, o Positivismo-funcionalista, compreendendo que durkheim acreditava que se a sociedade funcionasse através das leis e regras já determinadas, faria com que os problemas sociais se desvinculasse dos princípios econômicos, rompendo com os casos patológicos(regras sociais, falhas) por exemplo: se a criminalidade aumenta a cada dia não é conseqüências das contradições econômicas existentes na sociedade e sim por conseqüência de um sistema de leis falho, mal-formuladas, que gerariam conseqüências desastrosas ou anômicas, uma crise total.
Em síntese o pensamento de Durkheim dá sustentação a sociedade capitalista por entender que através das normas e regras, ordem e progresso este modo de produção pode eliminar todos os seus problemas ou suas contradições. E a sociologia Durkheimiana daria total sustentação as normalizações do estado, por isso esta deveria fazer parte do estado.

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